Saúde mental abandonada no RN: ‘Governo investe menos de 3% e pacientes sofrem sem atendimento’, denuncia deputado


 O deputado estadual Dr. Kerginaldo alertou, durante sessão na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, sobre a grave situação da saúde mental no estado. Segundo ele, o governo estadual destina menos de 3% do orçamento da saúde para essa área, número apontado em um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE).


“Segundo o relatório do Tribunal de Contas do Estado, o governo investe menos de 3% na saúde mental das pessoas do Rio Grande do Norte, e cada dia mais cresce a gravidade dos transtornos mentais por falta de atendimento”, declarou.


O parlamentar citou que o estado tem mais de 300 mil pessoas com algum tipo de transtorno mental e que a falta de políticas públicas agrava o problema. Ele apontou que o Rio Grande do Norte está atrás de outros estados nordestinos em investimentos na área e destacou ações feitas no Ceará e Minas Gerais como exemplos que deveriam ser seguidos.


“No Ceará, por exemplo, o governo investiu na recuperação de vários Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), ampliando o acesso ao tratamento e reduzindo em 20% as internações por transtornos mentais. Em Minas Gerais, mais de 500 profissionais foram contratados para um programa estadual de saúde mental”, afirmou.


O deputado criticou o fechamento de leitos psiquiátricos no Rio Grande do Norte, o que, segundo ele, sobrecarrega os municípios e deixa muitas famílias sem suporte adequado.


"Aqui, não existe um programa efetivo do governo do estado para a saúde mental. Praticamente, o atendimento é custeado pelos municípios, que não têm orçamento suficiente. Isso acaba jogando toda a responsabilidade para as famílias, muitas das quais vivem com um salário mínimo ou menos e não conseguem pagar uma consulta”, explicou.

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