O senador Styvenson Valentim (Podemos) afirmou que aguarda a conclusão de um relatório sobre a situação financeira dos cofres públicos do governo do Estado para decidir se será candidato a governador do Rio Grande do Norte nas eleições de outubro. Ele disse que o documento trará um diagnóstico das realidades fiscal e orçamentária do Estado e, baseado nesses dados, terá uma palavra final sobre a possibilidade de concorrer ao governo ou não.
O senador de primeiro mandato afirmou que não pode entrar na disputa eleitoral sem saber do real diagnóstico do Rio Grande do Norte, para poder propor saídas possíveis. “É a mesma coisa de fazer um planejamento policial”, compara o senador, que é capitão da reserva da Polícia Militar e foi coordenador da Operação Lei Seca, onde ganhou notoriedade antes de ser eleito senador, em 2018.
Sobre a possibilidade de ter o apoio de outros partidos na disputa, Styvenson diz que não aprova o modelo de coligações, mas que não vai descartar apoios, desde que não seja em troca de cargos em um eventual futuro governo. “Me sinto mal se me submeter a isso”, explicou, em entrevista ao Portal da 98 FM Natal.
E, caso se decida por apresentar seu nome como uma opção aos eleitores potiguares, ele já o fará com um plano de governo que será dito à população durante a campanha, garantiu. No entanto, reclamou que a conclusão do estudo tem esbarrado na “falta de transparência, por parte da administração da governadora Fátima Bezerra (PT), que busca a reeleição ao lado de Walter Alves (MDB) e Carlos Eduardo Alves (PDT)”.
Styvenson disse que ofícios não são respondidos ou que a resposta tem sido incompleta, o que dificulta a real compreensão da realidade financeira do Rio Grande do Norte. “Leva tempo, porque precisa de resposta do Estado. Mando ofício, aí demoram para responder, respondem incompleto. Parece que não quer dar ou que está fazendo um favor dando a informação. É obscuro o acesso às contas públicas do Estado”, declarou.
O senador, que tem aparecido em 2º lugar em algumas pesquisas de intenção de votos, ressaltou que é preciso uma ampla reforma administrativa para que haja o equilíbrio financeiro do Estado. “É preciso fazer uma reforma administrativa para dar uma reorganizada na estrutura pesada. Tem que fazer. É um vespeiro gigante. Por isso é preciso ter respaldo popular. Meu pensamento não é na campanha, e sim na possível administração”, enfatizou.
‘Não depende de mim. Depende do eleitor’, afirma senador.
Em entrevista recente ao AGORA RN, o senador Styvenson Valentim reafirmou que, apesar de estar focado em seu atual mandato, não descarta a possibilidade de ser candidato de opção para o Rio Grande do Norte. No entanto, disse que a decisão não depende apenas dele, deixando claro que espera um chamado da sociedade potiguar para colocar seu nome à disposição dos eleitores.
“Não depende só de mim. Depende da população, do eleitor. Se o povo quiser, é claro que vou lançar o meu nome na disputa pelo governo. Mas, essa vontade não parte só de mim. Para que eu entenda que existam condições para fazer o que penso ser o correto para o nosso Estado, não depende de deputados, alianças, acordos políticos, partidos, depende apenas da população do RN”, explicou.
Ele também deixou claro que, caso seja eleito governador do Estado, pretende “colocar o RN nos eixos e acabar com esse vício político de anos, onde o RN vem sendo saqueado pelos mesmos políticos. Quero tirar o Estado dessa dependência, parasitismo. Vou conversar com políticos que querem o bem em comum do Estado, mas minha aliança é com o eleitor. Se o povo quiser votar em mim, que o faça”, disse.
Podemos RN não descarta conversas com outros partidos
O diretório estadual do Podemos reúne seus membros e pré-candidatos neste sábado 11, para definir os rumos que o partido tomará nas eleições deste ano, em Natal. A pauta serão os cenários e as possibilidades do partido disputar as eleições majoritárias, além de articular os próximos passos para as proporcionais.
A intenção é figurar na principal disputa do Estado com um candidato a governador, que naturalmente seria o senador, porém, até esse momento não confirmou sua pré-candidatura ao governo do Estado. Os pré-candidatos querem saber se Styvenson vai ser candidato ao Governo.
O senador tem pontuado bem nas pesquisas de intenção de voto, aparecendo como o segundo mais votado na maioria delas, mesmo não tendo definido sua pré-candidatura. A inércia de Styvenson incomoda e atrapalha a articulação do próprio partido e de seus pré-candidatos, que ficam impossibilitados de abrir diálogo com outros blocos políticos e consequentemente definir quem apoiar para o Governo.
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