O senador Jean Paul Prates (PT) confirmou que é pré-candidato a renovar o mandato nas eleições de 2022 e que trabalha apenas com a possibilidade de ser candidato à reeleição, descartando completamente disputar outra candidatura, como a de deputado federal, caso não vingue o projeto majoritário. Dizendo-se “à disposição” para renovar o seu mandato por mais oito anos, tempo de duração de um mandato de senador, o petista assegura que “essa é a minha única opção: ou é o Senado, ou não é nada”.
Em entrevista, Jean Paul Prates foi além e disse não temer enfrentar nas urnas nenhum dos dois nomes liderados pelo presidente Jair Bolsonaro no Rio Grande do Norte. Atualmente, pela oposição, dois nomes do bolsonarismo, os ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Fábio Faria (Comunicações), estariam de olho na vaga de Jean nas eleições gerais de outubro de 2022, quando estarão em disputa os mandatos de presidente da República, um terço do Senado, governador, deputados federais e estaduais.
Sobre enfrentar Rogério ou Fábio, Jean afirmou ver com “naturalidade”. Para o petista, qualquer dos dois possuem “legitimidade” para lançarem-se como candidatos. “Acho legítimo da parte de qualquer um deles, que têm sido ministros, ser candidato. Eles vão ser avaliados pelo trabalho e pelo governo que estão associados. Não podemos escolher adversários, eles que têm que escolher”, afirmou o senador, que assumiu a cadeira que pertencia originalmente a Fátima Bezerra no Senado ainda em 2018, após a então senadora renunciar para assumir o cargo de governadora.
“Quem tem que escolher quem irá disputar comigo são eles. Eles é que vão disputar com a pessoa que está sentada na cadeira, que sou eu”, acrescentou. “Vejo essa articulação – da oposição – com naturalidade. De mim não terão debate antecipado”. Apesar de achar natural a antecipação das discussões sobre 2022, Jean Paul Prates afirma que o foco, tanto dele, quanto da governadora Fátima, é administrativo.
“Converso semanalmente com a governadora Fátima Bezerra sobre as nossas agendas e o nosso foco não está em candidaturas, mas sim, em administrar bem o Estado. Queremos saber como fazer para conseguirmos vacinas, como promover a melhoria na área de saúde, buscar medicamentos, ela no governo, e eu no Senado, inclusive complementando, através da legislatura, o que o governo federal tem deixado de fazer”, diz. Alternativas Se for para não ser candidato ao Senado, Jean Paul diz que existem outras maneiras de contribuir com o PT, ajudando a governadora Fátima Bezerra, se ela for reeleita, como secretário de Estado, ou até mesmo como ministro de Estado, em caso de hipotética candidatura e vitória de Lula nas eleições presidenciais.
O que ele não admite é disputar outro cargo, como deputado federal ou estadual. “Até mesmo na iniciativa privada eu posso ajudar o país, como já ajudei o RN sendo secretário, e mesmo depois, durante seis anos sem ser secretário no período dos governos Robinson e Rosalba, quando fui empresário e consultor, criando empregos e trazendo desenvolvimento para o Estado. Não vejo essa necessidade toda de estar em cargo”, diz.
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