O Governo do Rio Grande do Norte se reuniu nesta segunda-feira, 10, com chefes dos Poderes, presidentes da Federação e das associações regionais de municípios e representantes do setor produtivo, a fim de receber sugestões e ouvir as demandas para o novo decreto com medidas de enfrentamento do coronavírus que será publicado na próxima quarta-feira, 12.
A governadora do RN, Fátima Bezerra, esteve reunida com técnicos da Secretaria Estadual de Saúde e do Comitê Científico para tratar das medidas, mas os dados epidemiológicos preliminares mostram que a situação ainda é crítica, apesar da redução na lista de espera por leitos Covid-19 na rede pública de saúde. “São reuniões para fazer as intermediações necessárias com a sociedade, ouvindo suas propostas em todos os segmentos”, disse o secretário estadual de Gestão, Metas e Relações Institucionais (Segri) e coordenador do Pacto pela Vida, Fernando Mineiro.
Esse foi mais um ciclo de diálogo com os segmentos, o primeiro em que o cenário no interior recrudesceu, levando pelo menos dois municípios a recorrerem a medidas mais restritivas que às contidas no decreto estadual, em função do aumento de novos casos da doença. De acordo com Viviane Lima, coordenadora de regulação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), o Indicador Composto ainda não permite um tom menor de preocupação, especialmente no que se refere à transmissibilidade do vírus.
A taxa de ocupação de leitos críticos estava acima de 92% no início da tarde, agravada pela Regional do Oeste, que agora tem 10 pacientes aguardando leito de UTI. “As rotas de regulação permanecem concentradas nas regionais de saúde. Isso significa dizer que, neste momento, não é possível a movimentação de pacientes entre as regiões porque todos os prestadores estão com taxas de ocupação bem altas”, destacou Viviane. Até ontem, o RN tinha 231.852 casos confirmados e 5.655 óbitos. A rede SUS dispõe atualmente de 870 leitos exclusivos Covid, sendo 418 críticos e 452 clínicos.
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