Nesta quinta-feira, 13, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se referiu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “ladrão de nove dedos” em discurso de cerimônia de entrega de casas populares em Alagoas. A declaração aconteceu um dia após a pesquisa Datafolha apontar que Lula vence Bolsonaro em um eventual segundo turno das eleições presidenciais em 2022.
“A Caixa com o ladrão de nove dedos dava prejuízo. Agora, em nosso governo, traz mais do que lucros, traz benefícios ao povo brasileiro”, disse o Bolsonaro ao lado de Pedro Guimarães , presidente da Caixa. Além de Guimarães, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira , os ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Gilson Machado (Turismo), João Roma (Cidadania) e o senador Fernando Collor acompanharam a visita presidencial. Segundo a pesquisa do Datafolha, Lula aparece com 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro.
Em um eventual segundo turno entre o petista e o atual presidente, Lula abre vantagem, com uma margem de 55% a 32%. Na terça-feira, 11, o presidente já tinha se referido a Lula de forma pejorativa ao pedir mais uma vez a aprovação da chamada ‘PEC do Voto Impresso’ no ‘cercadinho’ do Palácio da Alvorada.
"O pessoal fala do ‘barbudo’, o ‘nove dedos’ , olha quem estava do lado dele. Olha o padrão dos meus ministros e o dos dele. Vai voltar aquela turma toda”, disse. No discurso de hoje, Bolsonaro não citou o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) nominalmente, mas afirmou que “se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas”, fazendo menção ao termo usado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ontem durante o depoimento do ex-secretário de comunicação , Fábio Wajngarten , na CPI da Covid. Após a afirmação, apoiadores que estavam na cerimônia começaram a gritar em uníssono “Renan, vagabundo!”. Em resposta à ovação, o presidente afirmou que “ O recado que eu tenho para esse indivíduo é que: se quer fazer um show tentando me derrubar, não fará. Somente Deus me tira daquela cadeira”. Bolsonaro ainda afirmou que seria “um crime o que está acontecendo nessa CPI”. Além disso, em sua fala, exaltou membros do governo que estavam presentes. “Arthur Lira está na Câmara pela graça de Deus e tem sido excepcional naquilo que o legislativo tem pedido”, disse Bolsonaro.
Ele também afirmou que é “um prazer redobrado estar ao lado de Collor”.
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