A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados marca mais um episódio conturbado da crise interna do PSL, legenda pela qual Jair Bolsonaro, hoje sem partido, se elegeu presidente da República em 2018.
Isso porque o líder da sigla, Luciano Bivar (PSL-PE), anunciou apoio ao candidato Baleia Rossi (MDB-SP), que é o parlamentar apoiado por Rodrigo Maia (DEM-RJ). O anúncio de apoio ao candidato do bloco de Maia aumentou ainda mais o estresse interno no PSL. Parte dos deputados da legenda decidiu se “rebelar” e seguir leal a Bolsonaro ao apoiar a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) à sucessão de Maia.
Entre eles está o deputado federal General Girão, da bancada potiguar. Desde 2019, ele questiona a condução interna do PSL e tenta deixar o partido. “Não tenho como aceitar, não fui eleito para ser um carneirinho. O presidente do PSL decide fazer um acordo com o Baleia Rossi, não sei o que fez parte do acordo, e está se posicionando como sendo a maioria dos deputados do PSL. Isso não é verdade. Numa rápida pesquisa com os demais colegas, nós juntamos 32 nomes que não concordam com a medida adotada pelo presidente do partido. O líder deve representar seus liderados.
A maioria não pode ser comandada por uma minoria desse jeito, isso não é democracia, isso tem outro nome”, afirmou Girão.
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